Os sintomas clínicos do hipotireoidismo são geralmente inespecíficos, como fadiga, cansaço, queda de abelos, constipação intestinal, diminuição de memória, alteração de peso, intolerância ao frio e irregularidade menstrual, entre outros. Sinais sugestivos incluem bradicardia, pele ressecada, unhas quebradiças edema não-compressível (mixedema), hiporreflexia, rouquidão, bócio. Dessa forma, a presença de vários desses sinais e sintomas deve levantar a suspeita do hipotireoidismo, cujo diagnóstico deve ser confirmado com a dosagem sérica do T4 livre (T4L) diminuída e do TSH elevada.
Em alguns pacientes, o TSH pode estar ligeiramente elevado, enquanto o T4L ainda se encontra normal, condição que caracteriza o hipotireoidismo subclínico.
Algumas situações merecem especial atenção ao se analisar o resultado do TSH na avaliação do hipotireoidismo:
- Quando existe doença hipofisária ou hipotalâmica — nesses casos, o TSH pode não se elevar;
- Em pacientes hospitalizados com doença sistêmica grave, já que vários fatores podem interferir na dosagem do TSH;
- Em pacientes recebendo drogas que afetem a secreção do TSH, principalmente dopamina, glicocorticóides, fenitoína e análogos da somatostatina, entre outras.
A fim de se evitar tais situações de interferências e/ou erros laboratoriais e situações de hipotireoidismo transitório, como tireoidite subaguda ou outras tireoidites, recomenda-se repetir a dosagem do TSH, juntamente com a do T4L após dois meses e assim decidir pela necessidade ou não do tratamento.